O Big One ou a Teoria de Ferni?

Me peguei questionando o que seria melhor para a humanidade: se preocupar com uma possível catástrofe que acabaria com o planeta ou uma invasão alienígena que nos aniquilaria totalmente. Ainda não cheguei à conclusão.

Vivemos hoje preocupados com o fim do mundo. Como iremos acabar nos últimos dias? É invasão alienígena, é um meteoro gigante colidindo com a Terra, é o efeito estufa, é o “Big One”, considerado o maior de todos os terremotos e que ainda não aconteceu. Ele é esperado na famosa falha de San Andreas, na Califórnia. Para os cientistas, este evento está próximo de acontecer, em cerca de 30 anos. Muito pouco tempo em se pensando numa catástrofe mundial. Não acabará com o planeta, mas deixará um estrago muito grande. E o que fazer para nos prepararmos para o dia do juízo final?

O Big One está próximo de acontecer segundo cientistas. Como será o planeta após a catástrofe?

O Big One está próximo de acontecer, segundo os cientistas: como será o planeta após a catástrofe? Foto: Divulgação

As religiões têm pensamentos diferentes de como vamos lidar com o futuro. Alguns acham que Deus nos prepara uma verdadeira carnificina e poucos sobreviverão; para outros, quando morrermos nessa vida, teremos outra oportunidade em outro plano espiritual e, para outros, é necessário que nos matemos por aqui para viver num paraíso do outro lado. São tantas as possibilidades que não me surpreendo estarmos na dúvida até hoje em o que acreditar. E acabamos deixando de lado a parte lógica das coisas que acontecem todos os dias em nossas vidas. São tantas as possibilidades do fim do mundo que os estúdios holywoodianos ainda não conseguiram mostrar. Será que terão tempo para isso?

A verdade é que cientistas, nos dias de hoje, já podem nos trazer algumas informações que nos surpreendem a cada dia. Por exemplo, o telescópio James Webb, que substituiu o Hubble no seu trabalho de nos mostrar a história do universo. Como tudo começou. E as notícias podem mexer com a imaginação de muita gente, pois a ideia do James Webb é trazer a informação das estrelas há bilhões de anos-luz. Sabemos que a luz chega para nós, aqui na Terra, muito tempo depois que ela foi lançada. O exemplo mais próximo é o sol. Ele está a 150 milhões de km de distância da Terra e sua luz leva oito minutos para chegar aqui até nós. A de uma estrela mais distante pode levar muito mais tempo, como é o caso de Alpha Centauri, estrela que fica fora do nosso sistema solar, que leva cerca de quatro anos para recebermos sua luz. Empolgante, não?

Eu sempre gostei de histórias espaciais. Acredito em vida fora da Terra e que um dia receberemos uma visita de seres extraterrestres. Mas, enquanto isso não chega, vamos buscando entender toda essa história que já influenciou vários filmes ou os filmes nos mostraram o que realmente nos espera lá fora? Será que a verdade está lá fora? Que me perdoe Mulder e Scully, mas a verdade já esteve lá fora e hoje já está entre nós. Tem cientistas que hoje acreditam que não estamos sozinhos no universo e que quase 30 civilizações inteligentes vivem a pelo menos 50 anos-luz de nós. Só para termos uma noção dessa distância, cada ano-luz corresponde a 9,5 trilhões de quilômetros. É muito longe realmente, mas nada impede que tenhamos visitas em breve de seres de outros planetas por aqui. Afinal de contas, eles já podem estar nos vigiando desde o início do universo. Vamos lá saber.

O importante, porém, é entender que estamos muito longe de saber como tudo vai acabar ou se realmente vai acabar. A terra ficou pequena demais para sua população e não apenas pelo espaço físico, mas em especial pela globalização. Já não há um interesse genuíno em entender melhor nosso planeta e sim, descobrir o que tem lá fora. O que poucos pensam é que se até hoje ninguém veio até aqui fazer contato é porque pode ter medo de uma civilização superior a deles e vice versa, é o famoso “Paradoxo de Fermi”, que tem a hipótese da “Floresta Negra”, que diz que o motivo de nós não termos tido até agora contato com nenhuma civilização extraterrestre é porque elas não querem se mostrar para outras possíveis civilizações predadoras, uma vez que não sabemos e eles também não sabem qual a verdadeira intenção das civilizações existentes no universo. Faz muito sentido e é aterrorizante esse pensamento, pois mesmo que sejam civilizações pacíficas, elas não conhecem as outras civilizações.

Precisamos entender melhor tudo que acontece em torno da vida. São tantas as possibilidades e muitas aos nossos olhos surreais, mas nada é impossível para quem criou tudo isso: Deus. Hoje já existem cientistas que não são céticos e nem ateus e sim acreditam no criador do universo. Que existe uma força maior sobre tudo e todos. Se entrarmos mais profundamente na Física e na Astronomia, perceberemos que a existência de tudo é fascinante.

O medo do que não conhecemos nos leva a dúvidas, como diria Fermi.

Diante de tudo isso, se preocupar com o fim do mundo passa a ser insignificante, pois quando nos preocupamos com uma previsão datada, muitas das vezes esquecemos que o hoje é o principal motivo da existência. Então, que tal vivermos intensamente o agora e buscar amenidades para o futuro? Mas nunca esquecendo de que é necessário cuidar de tudo para que o hoje se perdure por mais tempo. E vamos deixar as visitas para outra ocasião. Afinal, vai que Fermi esteja certo com seu paradoxo.